Escritores da Casa

 
A propósito do livro...
        Sem cor o mundo ficaria todo igual.
        Sem cor as pessoas confundiam-se todas.
                                                       Constança Pinho - 2ºano
 
        Sem cor não havia arte e desenho. Sem cor não havia cidades, países, nem mundo. Sem cor não víamos nem sentíamos nada.
                                                         Francisco Pina - 2ºano

                   Sem cor o mundo
                   era tristeza e nós
                   éramos tristes e
                   tínhamos muita solidão.
                                                            Jaime Oliveira - 2ºano

      Cor... é poder ver a vida de outra maneira.
                                                             Maria - 2ºano

      Sem cor o mundo ficava branco e vazio.
      Sem cor não havia as flores alegres.
      Sem cor não havia arco-íris.
                                                              Zoe Lourenço - 2ºano

                    Sem cor o
                    mundo ficava
                    seco e o amor,
                    a alegria, a amizade
                    e muitas mais coisas
                    também ficavam pobres.
                                                               Marta - 2ºano

      A cor é a alegria da vida.
                                                               Inês Bladh - 2ºano

      Sem cor os pássaros não voavam, as nuvens não flutuavam e o céu caía no chão e era tudo tristeza. As árvores não existiam e não existiam brincadeiras para ficarmos felizes.
                                                                Alice - 2º ano

      Sem cor não havia sonho nem árvores e assim não havia o bebé da natureza.
                                                                Martim - 2º ano

      A cor dá vida aos trabalhos.
      A cor é um mundo colorido.
      A cor é um arco-íris com todas as cores.
                                                                Diogo - 2ºano

      Sem a cor o mundo ficava com a vida negra. A cor é a vida, a cor é a alegria do mundo.
                                                                Rita Pacheco

                                Cores
                       Se eu tivesse o azul
                       podia pintar o céu,
                       podia rasgar o mar,
                       podia traçar o vento
                       no manto da madrugada.

                       Se eu tivesse o amarelo
                       podia puxar o sol na manhã,
                       podia vestir as estrelas
                       e podia pintar a lua
                       numa noite de amor.

                       Se eu tivesse o verde
                       podia semear a vida do avesso,
                       podia lavar a erva com amor,
                       podia ver o horizonte com folhas
                       de flores do céu.

                       Se eu tivesse o vermelho
                       podia fazer crescer  fogo,
                       podia lavar o quente,
                       podia criar o lume
                       e traçar os corações
                       que há em mim.

                       Mas não tenho nenhum deles,
                       e o mundo onde eu vivo é preto.
                       O sol é preto, o mar é preto,
                       as flores que há no céu são pretas
                       e a erva é preta.
                       E o céu, ai o belo céu
                       também é preto mas um preto
                       que tem todos os corações
                       que há em mim.
                                                             Gustavo - 2ºano
                      
       
 
 
                   À maneira de... Álvaro Magalhães 
 
       A palavra brincar faz-me sorrir.
                                                             Margarida Burmester - 3ºano
 
       A palavra barco faz-me navegar na imaginação.
                                                             Gil - 3ºano
 
       A palavra jogar faz-me brincar.
                                                             Carlos - 3ºano
 
      A palavra seta corta-me o coração.
                                                              Gabriel - 3ºano
      A palavra mar navega dentro de mim.
                                                                Marta Rocha - 3ºano
 
     A palavra amigo brinca comigo à noite.
                                                                Ema - 3ºano
 
     A palavra cor pinta-me quando estou a sonhar.
                                                                Carolina - 3ºano
 
     A palavra tesoura corta-me o coração.
                                                                 Clara - 3ºano
 
   A palavra tesoura recorta a folha de uma árvore, a chama de uma vela, recorta a nuvem do céu.
    A palavra cola junta os corações.
    A palavra óculos ajuda-me a ver melhor.
    A palavra lápis pinta a minha vida.
    A palavra gaveta guarda o meu amor.
    A palavra chita ajuda-me a correr.
    A palavra telhado protege-me dos dias frios.
    A palavra árvore ajuda-me a respirar.
    A palavra animal traz-me carinho.
    A palavra globo faz-me viajar.
                                                             Turma do 1ºano
 



 
 
SEIS HISTÓRIAS PARA PIANO E FLAUTA VS. SEIS HISTÓRIAS PARA PAPEL E LÁPIS
A atividade em torno de Jacques Ibert resulta de um trabalho interdisciplinar entre a biblioteca escolar, o grupo disciplinar do 1º CEB, três docentes de português e duas docentes de música.
Assim, a professora bibliotecária, depois de fazer uma breve apresentação do autor, propôs aos alunos a audição da obra Six histoires para piano e flauta de Jaques Ibert, na sequência da qual escreveram palavras ou frases que traduziam as emoções provocadas pela música. Apresentamos, agora, os textos resultantes destas vivências que corroboram a opinião de Jacques Ibert: A música é a expressão de uma aventura interior.
7º ANO
 A GAIOLA DE CRISTAL
 Era janeiro de 1917, decorria a I Guerra Mundial. Uma jovem de 20 anos, de nome Helena, vivia numa luxuosa casa, juntamente com sua mãe, uma professora de profissão, e seu pai, Marechal do Exército Português.
Certo dia, ao romper do sol, foram acordados pelos militares. Uma frente do exército português tinha de partir de imediato, rumo a França para combater contra uma coluna militar alemã, juntamente com os seus aliados. Nessa frente, comandava seu pai, o Marechal Aníbal Ferro Costa.
Difícil, foi a despedida: em casa ninguém queria que o pai partisse.
 – Querida filha, amo-te muito e espero voltar a ver-te muito em breve, mas para não te esqueceres de mim…
 A menina interrompeu o seu pai e disse:
 – Pai, jamais me esqueceria de ti!
 – Eu sei, minha filha, mas ofereço-te este bonito colar com uma pequena gaiola de cristal, para, se alguma coisa me acontecer, poderes através dela saber e ver onde e como estou.
 –  Obrigada, Pai, vou ter imensas saudades tuas!
 – A ti, minha querida mulher, deixo-te ficar algum dinheiro, para o teu sustento e da nossa filha Helena.
 – Amo-te muito, meu querido marido! Desejo-te boa sorte!
O Marechal meteu-se no carro, com os seus colegas de combate, e juntos partiram.
As duas mulheres choravam e oravam todos os dias. Até que certo dia, pensaram: «Não nos adianta nada estar para aqui a chorar. Nem todas as lágrimas do mundo poderão trazer o Marechal de volta». Logo, recompuseram-se, renovaram as forças e regressaram à vida. A mãe voltou ao trabalho e a rapariga aos estudos. Mas, ao final do dia, Helena escapava sorrateira para os bailes, a fim de esquecer as saudades que sentia de seu pai. É claro que a sua mãe já sabia, mas aprovava, pois Helena era já uma menina de 20 anos e a mãe sabia que ela andava triste, e o que desejava era vê-la feliz.
Nos bailes, Helena esquecia tudo; pensava apenas em se divertir com os seus amigos e amigas. Ali, tinha um tempo fantástico, cheio de alegria, danças, gargalhadas e muitas brincadeiras. Por vezes, até pregavam partidas uns aos outros, tudo com muito respeito e inocência.
Quando chegava a casa, encontrava as luzes já todas apagadas e parecia não estar ninguém, mas cada vez que entrava em casa chamava pela sua mãe.
 – Mãe!!!. – Mas ninguém respondia e voltava a jovem a chamar: – Mãe!!!
Da segunda vez a mãe lá respondeu:
 – Sim, minha filha.
 – Onde estás?
 – No quarto, onde querias que eu estivesse a esta hora da noite?
A filha, lá foi ter ao quarto da sua mãe e encontrou-a a chorar junto à cama. Ela perguntou-lhe porque estava a chorar, ao que a sua mãe respondeu:
 – Sinto falta do teu pai, para me aconchegar e me fazer companhia.
Helena chegou-se mais perto da mãe e abraçou-a. De seguida, perguntou-lhe se podiam dormir juntas. Sua mãe sorriu, e respondeu-lhe que sim. Nessa noite, dormiram relaxadas, tranquilas e sem preocupações.
Passada uma semana, estacionou um carro do exército português em frente à casa. De lá saíram dois soldados, bateram à porta e deram-lhes a notícia de que não sabiam do paradeiro do Marechal. Nesse mesmo momento, Helena lembrou-se do colar com a gaiola de cristal e das palavras do seu pai. De imediato, foi buscar o colar e perguntou à gaiola onde estava o seu pai. A gaiola abriu-se inesperadamente e de lá saíram as coordenadas do local onde se encontrava o seu pai. Helena abriu o mapa de França e constatou que o pai estava perdido nos Pirenéus. Correu a dar essa informação aos soldados, os quais entraram de imediato em contacto com o quartel, para que a notícia chegasse rapidamente à frente onde o Marechal comandava, muito embora desconfiados que isso pudesse ser real. Mas, como também não havia mais nenhuma esperança, só lhes restava esta hipótese.
Em casa, as duas mulheres aguardavam ansiosamente por notícias. As horas não passavam, aguardavam uma visita militar a qualquer instante.
Mas a jovem Helena não aguentava tanta ansiedade, pelo que resolveu nessa noite ir ao baile, juntamente com a sua melhor amiga. Como habitualmente, dançou e procurou distrair-se ao máximo. Aconteceu o inesperado … De repente, cruzou olhares com um rapaz, alto, forte, de cabelo loiro e olhos azuis, lábios bonitos e bem avermelhados. Este pediu a Helena para dançarem. Dançaram e conversaram durante longo período, até que, no meio da conversa, a jovem percebeu que esse rapaz tinha estado na mesma frente de combate que o seu pai e rapidamente ele se ofereceu para a ajudar.
No dia seguinte, Manuel, o jovem soldado, partiu rumo aos Pirenéus, para ajudar nas buscas do resgaste do Marechal. Contudo, antes de partir, Helena revelou-lhe informações dadas pela gaiola de cristal, agora um vídeo do local exato onde o pai da jovem se encontrava. Com base nesse vídeo, Manuel reconheceu com precisão o lugar. Tranquilizou Helena, afirmando que iria regressar muito em breve juntamente com seu pai.
Passados dois dias, já de noite, Helena não conseguia dormir, até que resolveu ir ter ao quarto da mãe e juntas agarraram no colar à procura de Marechal e de Manuel. Qual não foi o espanto das duas mulheres, ao verem que os dois homens já estavam juntos. Manuel, atencioso e muito simpático para com o pai de Helena. A jovem sentiu um arrepio e tremores pelo corpo… apercebeu-se de que estava apaixonada, o cuidado que Manuel tinha para com o Marechal era inacreditável. Tranquilizadas, mãe e filha acabaram por adormecer.
Certa manhã, acordaram com o barulho dos motores de carros militares. De imediato, elas saltaram da cama, vestiram os robes, e correram para a entrada da porta. Marechal correu para os braços das suas mulherzinhas e todos choraram de alegria. De seguida, Manuel aparece, procura a atenção do Marechal e, a sós, pede-lhe a mão de Helena em casamento. Marechal responde que sim, desde que Helena assim o deseje.
Manuel ajoelha-se perante Helena, e pede esta em casamento. A jovem que já estava perdidamente apaixonada, aceita de imediato!
André Andrade
7º B
Na casa triste
Acordei e esfreguei os olhos. Já era bem tarde, por isso levantei-me e olhei em volta. O espaço estava escuro e cheirava a mofo. “Que nojo..!” – pensei, mas lá no fundo sabia que na minha vida não havia mais que aquele «nojo». Eu tinha 13 anos e morava numa pequena casa com a minha mãe e o meu irmão bebé, e todos os dias saía de casa para ir procurar algo para fazer.
Olhei de novo em volta e, como não vi a minha mãe, saí de casa e fechei a porta atrás de mim. Caminhei uns metros e vi a entrada para a floresta; essa entrada era escura e às vezes um rapaz de 14 anos rondava esse local. Hoje estava a sentir-me mal, então entrei na floresta e caminhei uns bons 200 metros.
“Boa” – pensei – “Estou perdida...”. Caminhei mais uns metros e sentei-me no chão a fungar e a olhar para a terra.
  – Ei – disse alguém, e eu saltei de susto – que fazes aqui?
Olhei para trás e lá estava o rapaz que costumava andar por ali, ele parecia desconfiado e tinha as sapatilhas sujas de andar na terra.
   – Que fazes aqui? – repetiu ele e eu olhei para baixo.
 – Estou perdida. – respondi baixinho e ele riu-se.
 – Quem és tu? – perguntou ele e sorriu, mostrando covinhas.
 – Isso não importa. Agora, por favor, podes levar-me à saída deste lugar?
 – O meu nome é Matteus , mas todos me chamam Matt.
 – Eu disse que queria saber? – perguntei levantando o tom de voz e ele revirou os olhos:
 – Vamos lá, amuadinha, já estou farto de te aturar – virou costas e fez um sinal de como quem diz «por aqui».
Segui-o durante dez minutos e acabamos por dar com uma grande casa, que parecia abandonada. Matt entrou e eu segui-o.
 – Vamos passar aqui a noite, está a ficar frio –  disse ele e eu assenti com a cabeça.
Ele avançou e agarrou o manípulo da porta, que chiou, e me fez dar um passo para trás. Ele entrou primeiro e olhou em volta. O interior da casa estava escuro e tinha a mobília toda coberta por uma camada de pó. Algo – desde os sofás velhos, o chão que chiava até os quadros esquisitos – me dava um arrepio pela espinha. Algo naquela casa me fazia sentir triste e sozinha, mesmo com a presença de Matt; algo não estava bem naquele lugar, e eu sentia que esse algo era eu.
Demos uma volta à casa e Matt retirou um telefone do bolso. Eu olhei para o visor: “23:44”. JÁ?! A minha mãe ia passar-se e gritar comigo e bater-me e obrigar-me a limpar a casa por um ano inteiro e tirar-me as comidas que eu adoro...
 – Ei – disse Matt – porque é que estás a chorar?
 – Eu não estou a chorar – respondi.
 – Estás. – disse ele e estendeu-me um lenço onde eu limpei a cara.
 – Obrigada.
 – Tu não me chegaste a dizer o teu nome – disse o rapaz e eu olhei para ele: parecia distraído com a paisagem que se via pela janela.
 – Gabriela – respondi – e nem penses em chamar-me Gabi!
Ele sorriu:
 – Ok...Gabi.
Eu sorri também e deitei-me na minha cama improvisada, situada em cima da cama original.
Fechei os olhos e, quando estava quase a adormecer, ouvi um barulho alto.
 – Matt – sussurrei e abanei o seu ombro – Acorda!
Ele mexeu-se e abriu os olhos devagar:
 – O que foi?
 – Eu acho que está alguém lá em baixo.
Ele revirou os olhos e levantou-se.
 – Eu vou ver e tu vens comigo, para veres como não é nada. 
Eu assenti com a cabeça e levantei-me.
O barulho voltou a repetir-se e parecia aproximar-se do quarto. Puxei Matt para debaixo da cama comigo e disse-lhe para fazer silêncio. A porta abriu-se e vi uma mulher com um vestido de noiva a entrar no quarto. Ela parecia meio transparente, como se fosse... um fantasma. Logo a seguir entrou uma menina que chorava, igual à mulher. Elas ficaram paradas à porta do quarto, e «flutuaram» até à cama. Eu olhei aterrorizada para Matteus, que parecia, por sua vez, tão ou mais assustado que eu. Olhei para o lado e lá estava a menina a olhar para mim de forma estranha. Dei um berro e eu e Matt saímos do nosso esconderijo e corremos até à escadaria, descemos as escadas de duas em duas e, mal chegamos perto da porta, ouvimo-la a fechar com um estrondo alto.
 – Ficarão aqui para SEMPRE! – gritou a noiva, e a criança olhou para nós sem expressão visível.
Eu chorava baba e ranho e Matteus parecia paralisado. Discretamente tentei forçar a fechadura, mas nada. Num instinto, corri escada abaixo com Matt atrás e fechei-nos dentro de um armário. Ele olhou para mim e retirou algo do bolso das calças.
 – Para o caso de nos acontecer algo, quero que fiques com isto – sussurrou e eu peguei no pequeno medalhão e coloquei-o no pescoço.
– Obrigada. – murmurei  e abracei-o. – Vamos morrer? – perguntei com uma fungadela e ele olhou para baixo.
– Não. Nós vamos ficar bem. Temos que sair daqui, ok? Depois de sairmos da casa, ela não nos consegue apanhar. – Eu assenti e saímos silenciosamente do armário.
Subimos as escadas e olhamos em volta. Nada.
Abrimos a porta com um estrondo e eu saí rapidamente daquele inferno.
 – Matt!  – gritei e sorri – Estamos salvos!
Olhei para trás e Matt olhava-me de uma janela. A noiva estava atrás dele.
 – FOGE! – gritou ele.
  – Eu não vou sem ti! – gritei com lágrimas nos olhos e ele bateu no vidro.
 – Foge, eu fico bem... Imploro-te.
Eu comecei a chorar, parada no mesmo sítio, e ele voltou a gritar. Eu olhei para trás uma última vez e corri para fora daquela floresta. Mal saí de lá, vi que eram exatamente as mesmas horas de quando tinha entrado. Era como se o que se passava lá não existisse. Como um buraco no tempo. Fiquei parada a olhar para a floresta e atirei para lá o medalhão, que desapareceu na escuridão. Caí no chão e fiquei a pensar em Matteus e na noiva, duas das muitas vidas que tinham ficado presas ao longo dos anos naquela floresta. Naquela casa triste…
Margarida Resende
7º B
Na Casa Triste
  As folhas batiam-me na cara, os pulmões ardiam-me e estava a suar imenso...A única coisa em que pensava era em apanhar aquele autocarro escolar, que, como sempre desde que as aulas tinham começado, partira sem mim. Os meus (horrorosos) colegas riam-se e apontavam de lá de dentro.
Distraí-me a olhar para eles e escorreguei numa poça de lama...Levantei-me toda molhada e suja e lentamente caminhei até à escola.
Quando finalmente lá cheguei, claro que estava muito atrasada, mas, pela primeira vez nestes anos todos, não me preocupei em ir a correr para a aula e desculpar-me por ter chegado tão tarde. Em vez disso, fui lentamente até ao meu cacifo para me limpar um pouco. Abri a porta toda grafitada, atirei a mochila para o chão e peguei nuns guardanapos já usados...quero dizer: não era a primeira vez que uma coisa daquelas acontecia. Quando já estava razoavelmente menos suja, soou o primeiro toque; por isso, peguei na minha mochila e subi as escadas até à minha sala, pensando nalguma desculpa para dar ao professor de História.
  Ele olhou para mim como se não acreditasse em nada do que eu tinha acabado de dizer, mas, como já estávamos a meio da aula, mandou-me sentar e pediu que fosse falar com ele depois. Enquanto me dirigia lentamente até ao meu lugar, ao lado da janela, tropecei nos meus pés, o que fez com que deixasse cair alguns livros que tinha nas mãos.
 – OH MEU DEUS! - exclamou a Ashley, a miúda mais popular da escola – A Megan foi finalmente às compras!
A turma toda riu-se, e eu, sem saber o que fazer, baixei a cabeça, apanhei os livros e fui para a minha carteira.
A aula passou rápido, respondi a quase todas as perguntas, como sempre, e era praticamente a única atenta, como sempre. Quando finalmente tocou, toda a gente correu (literalmente) para fora da sala, exceto eu, que, como sempre, era a última a arrumar a mochila.
 – Senhorita Davies…  – chamou o professor da sua secretária.
Olhei para ele e assenti com a cabeça.
 – Megan… - murmurei baixinho – ...é Megan…
 – Venha cá. – disse ele, como se não tivesse ouvido o que eu tinha acabado de dizer.
Dirigi-me até à mesa, receosa e, pouco tempo depois, parei em frente desta, com os olhos pregados no teto.
– Porque é que chegou tão tarde?
Desviei os olhos para o professor.
– Hum… – comecei – o meu despertador não tocou?
– E isso é uma pergunta ou uma afirmação? –  perguntou, desconfiado.
– Uma afirmação? Quer dizer, uma afirmação. –  respondi.
O professor olhou para mim de lado e acenou com a cabeça como se concordasse com alguma coisa.
– Pode ir… – disse, voltando logo em seguida a escrever no livro de ponto.
Peguei na minha mochila e saí da sala diretamente para a cantina.
Tinha acabado de pagar a comida e começado a andar, quando, de repente, um pé se meteu à frente do meu, fazendo com que eu tropeçasse e o tabuleiro caísse em cima de mim…
– Ups! – exclamou a Ashley a rir-se, juntamente com toda a gente que estava na cantina, até as empregadas!
E eu, ali no chão, perguntava-me como é que isto tinha chegado tão longe…
Levantei-me lentamente com esparguete a escorrer pelo cabelo e pelo corpo, passei pela Ashley, pelo Ryan, pelo Dylan, pelo Bryan, pela Tayla, pela Maya e pela Kayla (os quais, já agora diga-se, fazem parte do grupinho popular) e por toda a gente que estava lá, e saí porta fora até à casa de banho. Aí, chorei, com a cabeça encostada à parede fria de azulejos, e fiquei assim, até que a escola ficou em completo silêncio...e eu tive de ir fazer as minhas necessidades…
Toda a gente já estava nas aulas, e, como eu  não ia de certeza para a minha, fui buscar o meu casaco ao cacifo e saí para a rua.
Não sabia para onde me dirigia, mas também não queria saber, porque a única coisa em que pensava era em afastar-me daquela escola e daquelas pessoas.
Não podia ir para casa tão cedo, visto que a minha mãe estava lá...e não tinha dinheiro para ir a um café. Por isso, quando os meus pés me começaram a doer de tanto andar, parei em frente duma casa linda, porém completamente destruída e abandonada, e sentei-me na borda do passeio.
Vindos do nada, ouvi risos… não sei…, pelo menos foi o que me pareceu...mas, como a rua estava deserta, calculei que tivesse sido o vento... Relaxei outra vez e, de repente, ouvi-os outra vez, mais alto...e tive a certeza que não era apenas a “força da natureza”.
 – Olá? – murmurei, levantando-me.
Ninguém respondeu…
 – Está aí alguém? – quase gritei.
Ouvi uma coisa a cair – uma caixa? – e alguém a murmurar um “Au”... Só sei que corri dali para fora como se não houvesse amanhã.
Acordei com uma forte dor de cabeça…
Olhei para os lados, para tentar perceber onde me encontrava, mas não conseguia ver nada, apenas escuro.
 – Onde é que eu estou? –  murmurei, pondo a mão na cabeça (que continuava a doer).
 – Na minha casa. – respondeu alguém, fazendo-me sobressaltar de espanto – Bem...não é propriamente minha, é que está abandonada, sabes?
Entrei em pânico. Queria sair dali, mas as minhas pernas não me obedeciam, por isso tentei falar…
– Ahm… –  foi a única coisa que saiu. Naquele momento nem uma frase em condições conseguia dizer... Por isso fiquei apenas paralisada a olhar para o nada...para o escuro...para o vazio…
 – Estás bem, Megan? – perguntou a...coisa. Espera lá, como é que raio ele sabia o meu nome?!
 – T-Tu ser q-quem? – (eu já tinha dito que não estava a pensar direito…).
 – Eu ser alguém – respondeu a rir-se.
Não o conseguia ver, aliás, não conseguia ver nada à minha volta. Apenas o escuro…
 – Podes abrir a janela, ou ligar a luz?
Houve um momento de silêncio.
 – Hum…a janela está aberta. – exclamou – Não me consegues ver?
Abanei a cabeça.
 – Tens a certeza? – insistiu – Quantos dedos estão aqui?
Eu não fazia a mínima ideia. Lentamente fui juntando as peças… Eu não conseguia ver! Teria sido por causa da queda? Espera...eu caí? Quanto tempo estive a “dormir”? E onde raio eu estava?
Comecei a hiperventilar (o que é normal quando não percebo alguma coisa). De repente, ouvi um riso.
– Estou a gozar… – disse – Eu vou abrir a janela.
Naquele momento apeteceu-me tanto matá-lo (apesar de não saber quem era). A janela abriu-se, mas não estava ninguém lá…
– Olá? – perguntei, sem perceber o que se estava a passar
 – Olá… - respondeu a voz.
Olhei para trás de mim: nada. Voltei a olhar para a janela e...assustei-me imenso! A olhar para mim, em pé, à frente da janela, estava um rapaz, que aparentava ter a minha idade. Tinha olhos azuis claros e cabelo preto todo despenteado, como se tivesse acabado de acordar. Era alto e completamente branco.
 – Como é que... – comecei a dizer.
 – Sim…? – perguntou.
 – Nada...esquece. – disse eu por fim, desviando o olhar. Podia simplesmente não ter reparado nele… Olhei de novo.
 – Como é que te chamas? – perguntei para mudar de conversa.
 – Logan. – respondeu.
 – Não preciso de te dizer o meu nome porque tu já sabes… – dei um risinho falso – Como é que sabias o meu nome?
Ele olhou para mim e pensou um bocado.
 – Tens cara de Megan? – respondeu.
 – E isso é uma pergunta ou uma afirmação? – disse, lembrando-me imediatamente do professor de história...Ri-me mentalmente e esperei pela resposta.
 – Pensando no professor de História? – perguntou a rir-se. De repente parou e percebeu o que tinha dito.
Olhei para ele como se tivesse visto um fantasma.
 – C-Como é q-que t-tu… –  não consegui acabar a frase, porque de repente a janela abriu de rompante e passou através do Logan, como se fosse um fantasma… Ele aproximou-se de mim, eu levantei-me da cadeira e recuei.
 – Q-Quem és t-tu?! – disse eu a tremer tanto que nem sei como é que ainda estava de pé
Ele agarrou-me o braço.
 – Megan… - murmurou.
 – LARGA-ME! – gritei, empurrando-o.
Ele largou-me instantaneamente e ficou imóvel, a olhar para o chão.
 – Quem és tu?! – repeti, afastando-me dele lentamente, como se me fosse atacar.
Ele levantou os olhos para mim:
 – Bom...não sei como te dizer isto…
– Com palavras. – disse eu. Ele baixou os olhos e respirou fundo.
– Eu posso ser suspenso por te dizer isto… – começou ele – mas, neste momento, parece ser a única solução. – Olhou para mim com um olhar triste, porém sonhador. – Eu sou uma espécie de guardião...O teu.
Olhei para ele como se estivesse a gozar.
– Como um espião? – perguntei, irritada.
 – Como um anjo da guarda… – respondeu calmamente.
 – Anjo da guarda? – ri-me – A sério?!
– Sim. Estive sempre ao teu lado nos momentos difíceis… – parou por um momento – como quando o teu pai morreu.
Estremeci. Não tinha contado a ninguém que me tinha sentido tão mal quando isso acontecera...nem à minha mãe.
 – C-Como é que? – perguntei, agarrando-me a uma cadeira para não cair. Ele sorriu:
 – Eu estive sempre lá.
Ganhei coragem e voltei a olhar para ele. Tinha algumas perguntas para lhe fazer.
 – E-E tu… – comecei o – morreste?
O sorriso na sua cara desvaneceu.
 – Sim...todos os anjos da guarda já morreram como pessoas. – respondeu tristemente.
 – E porque é que apareceste?
Eu podia jurar que o vira corar, por uma fração de segundo...e sorri interiormente.
 – Bom...é que… – baixou os olhos para a carpete cheia de pó – eu acho que gosto de ti. – disse de uma assentada.
A minha boca abriu-se. Como é que alguém, nem que fosse o meu anjo da guarda, podia gostar de mim? Logo de mim? Eu sabia que ele supostamente estava morto e tal, mas não podia negar que era fofo e giro…
 – O quê? – perguntei sem perceber nada.
Ele lentamente avançou até mim, e eu, burra como sou, automaticamente fechei os olhos. Do nada senti os seus lábios nos meus... Foi bom, mas afastei-me instantaneamente.
 – Só te conheci há uns minutos! – exclamei.
 – E, no entanto, eu conheci-te a vida toda.
Rafaela Matos
7º B




A GAIOLA DE CRISTAL


Era uma vez uma senhora já de idade que tinha em casa uma gaiola de cristal. Essa senhora achava que a gaiola ficava muito vazia pendurada no teto por um daqueles fios invisíveis de pesca. A gaiola era maravilhosa e dava um ar delicado à sala de estar, mas faltava alguma coisa.


            A senhora, a Dª Joaquina Lima, era casada com o senhor Joaquim Lima. Este não gostava de animais, nem grandes nem pequenos, o que era uma aflição para Dª Joaquina, que queria um periquito para a gaiola de cristal. Dª Joaquina conseguiu, às escondidas, comprar um periquito prateado pequenino, muito pequenino, para pôr na gaiola e, quando o marido chegava a casa, Dª Joaquina tapava a gaiola com um pano preto. O único problema era que, quando o periquito era tapado, cantava e cantava com tal suavidade e com tal som que o senhor Joaquim não conseguiu ignorar.
 – Comprei um novo gira-discos. – mentiu ela.
– E que disco é este? –  perguntou o senhor Joaquim, desconfiado.
– Não sei, veio com o gira-discos e o senhor da loja disse-me que dava para acompanhar com piano, que ficava muito bonito. Lembras-te quando andávamos na faculdade e tu me tocavas uma peça de Bach, a minha preferida? Podes tocá-la agora?
– OK, mas não essa peça. Se não desligares o gira-discos, eu improviso um pouco ao som da música.
Dª Joaquina não podia ter ficado mais feliz: não só poderia ouvir o periquito a cantar como podia ouvir o seu príncipe tocar ao som da música chilreada. O periquito, encorajado pelo som do piano, cantava a plenos pulmões, o que fazia com que toda a vizinhança parasse para ouvir a bela música que saía da casa do casal Lima.
Isto repetia-se todos os dias quando o senhor Joaquim chegava a casa. Até que, uma semana depois, a Dª Joaquina achou que devia contar ao seu marido a verdadeira origem daquele som. E assim fez.
 Quando o marido chegou a casa nessa tarde, ela disse-lhe:
– Joaquim, tenho uma coisa para te contar. –  Foi até à sala e destapou a gaiola.
– Compraste um periquito!? – gritou o senhor Joaquim, furioso – Estás a gastar demasiado dinheiro: primeiro o gira-discos e agora um periquito? Achas que o dinheiro cresce nas árvores?
– Era isso que te queria explicar. – começou Dª Joaquina devagar – O periquito era quem cantava, eu não comprei nenhum gira-discos!
O senhor Joaquim ficou estupefacto: como é que um simples pássaro poderia cantar com tal ritmo, com tal som? Por algum tempo não falou, mas depois disse:
 – Tens que o devolver à loja!
 – O quê?! – exclamou Dª Joaquina. Não era isto que ela esperava: pensava que ele ia compreender, ia deixá-la ter o animal, e, se tudo corresse bem, poderiam comprar outro para fazer companhia a Dª Funfia (era assim que se chamava o periquito), mas tinha tudo ido por água abaixo… Agora teria de devolver a Dª Funfia à loja de animais. E a comida de pássaro? Teria que a devolver também, mas será que eles iam aceitar? E a Dª Funfia iria deixar de gostar dela? Iria esquecer-se de como é ter um animal para cuidar?
Com todos estes pensamentos, ia-lhe escapando uma lágrima. Virou costas e foi para o quarto. Mal deitou a cabeça na almofada, adormeceu profundamente. Sonhou com a Dª Funfia a voar pela sala, a cantar ao som do piano, mas o pianista já lá não estava. Dª Joaquina sentou-se no sofá (ainda está a sonhar) e sentiu-se triste. Logo a seguir, acordou sobressaltada e olhou para o relógio: 12:00. Tinha perdido uma manhã inteira de vida. Levantou-se e deparou com um maravilhoso pequeno-almoço. No cimo da mesa, estava uma grande e majestosa taça, que lhe tinha dado uma prima de Londres, cheia de fruta com o mais maravilhoso aspeto. Depois, alargando para as pontas da mesa estavam estrategicamente colocados bolos e  bolinhos da melhor qualidade, mas isto apenas de um lado da mesa –  no outro, estava a gaiola de cristal já sem periquito, mas com o mais maravilhoso dos bolos e por cima estava uma carta do senhor Joaquim:
                                                                3 de fevereiro de 2016
            Querida Joaquina
Eu peço imensa desculpa por te ter tirado o periquito, mas eu não consigo ter bichos em casa, ainda para mais um que faz um barulho infernal como este (o periquito, quando eu o fui devolver à loja, começou a gritar, mas não com a bela melodia com que gritava lá em casa ele: gritava com berros estridentes – com o susto, ia tendo um acidente, mas lá consegui devolvê-lo). Peço desculpa, mas tu não devias tê-lo escondido de mim. Talvez num outro dia possamos comprar um, mas para já acho que não.
Beijinhos, querida, sabes que te amo muito.
 Quando acabou de ler, Dª Joaquina sentiu lágrimas nos olhos. Decidiu ter paciência, esperar que o marido conseguisse aguentar um animal até comprar um, e talvez não apenas um periquito.
Dito e feito. Dali a dois meses, eles decidiram readotar o periquito, o que foi uma alegria para a Dª Funfia e para a Dª Joaquina.
A casa voltou a encher-se de música e alegria todas as tardes. De vez em quando convidavam os vizinhos para tomar um chá e dançar um pouco ao som da voz de Dª Funfia e ao som da peça tocada pelo senhor Joaquim ao piano. Todos os dias eram uma tremenda alegria.
E assim termina a história da gaiola de cristal que ficava vazia no meio da sala.
Maria Ribeiro
 7º B
 

5º ANO






  4º ANO

A guardadora de tartarugas de ouro
À deriva navegava no mar imenso. As ondas ouviam a minha alma, um sentimento entristecia-me... a imagem daquele ser acompanhava-me neste embalar.
desprendi-me destes pensamentos quando escutei aquele grito comovente. Vem então à tona, e deslumbrei ao longe o brilho do que pareciam ser pequenas rochas douradas.
Discretamente aproximei-me para perceber sem perceber de onde vinha aquele som que me havia perturbado.
Encolhida, chorava uma rapariga de cabelos lisos, despenteados, compridos, que lhe tapavam o rosto sujo e rosado.
Contara-me após lhe pegar a mão, que perdera um dos seus maiores tesouros. Um daqueles preciosos seres que completavam a sua existência, desaparecera. Ganhou, de novo, a esperança de o encontrar, (ele teve pena e disse-lhe que ia ajudar a encontrá-la) pois sentira agora o amparo que lhe deu a certeza de que ainda estava vivo. Foram então, à procura do animal reluzente. Aqueles répteis de ouro eram uma fonte de felicidade e se perdesse um deles a alegria não entrava no seu coração. Juntos percorreram a ilha, passando por lugares mágicos, flores coloridas e perfumadas animavam a incessante busca. Candeeiros de ramos verdejantes caíam-nos na testa, esmagavam-se pequenos paus à nossa passagem.
Não fosse a dor e dançaria perante aquela música da natureza.
De repente, o refletir dos raios de sol no extenso areal, levaram-nos a caminhar em sua direção.
A expetativa aumentava a cada passo, aquele que iria aquecer o coração daquela mulher que guardava em si esta forma de viver.
Cumprida a minha missão, entreguei-me novamente ao mar, deixando para trás a certeza de que unidos ficariam aqueles que jamais se poderiam separar.
Texto coletivo
4º ano
Prof. Sílvia Marçal


2º ANO
A GAIOLA DE CRISTAL
Na gaiola de cristal esvoaçava
uma brisa suave de outono.
Na gaiola de cristal escorre
água fresca do mar.
Na gaiola de cristal o vagaroso vento dança
ao ritmo pianíssimo do mar.
Na gaiola de cristal o mar embala
o ratinho cansado.
Quando a noite tudo cobre
com os seus misteriosos mantos de negridão,
a gaiola abre-se
e o mar sai da gaiola a dançar
ao som do luar.

Texto coletivo
2º ano
Prof. Célia Louro









Concurso literário " Um poema para Rómulo de Carvalho"

Rómulo e eu

Tu sabes,
O sonho comanda a vida!
Eu sei,
A música é a minha água preferida,
Qual mar onde mergulho em busca de diferentes espécies!
Tu conheces, 
A Pedra Filosofal,
Raiz daquela floresta que oxigena o mundo!
Tu és alquimista,
Físico-químico musical!
Eu aprendo,
A experimentar os sons,
Qual cientista com seus ácidos, bases, sais…
Tu és sábio,
As palavras para ti são como as notas.
Eu procuro,
As figuras musicais,  
Quais lágrimas que no tubo de ensaio água e cloreto de sódio são.
Tu e eu, amigo Rómulo,
Andamos de mãos dadas com a música,
A minha mão ainda é pequena, 
Tenho que agarrar com força, como a raiz se agarra à terra, para um jardim florir!

Maria do Céu Coutinho
1º lugar



Vida

O silêncio
 aconchega a terra
traz palavras de esperança
enlaça o fruto
que deseja  vida.
No horizonte recortado 
de infinito
já se vislumbra
uma prece feita nuvem.
Algumas gotas 
Caem a pique
Na terra madura
Que serenamente
Acolhe o tesouro oferecido.
Um olhar se ilumina 
de luz
puro prazer anunciado
de quem já respira vida.
E já o sol se põe
Saciado de uma estranha 
fome
feita aragem e água …
Feita vida. 


Felisbina Antunes
2º lugar


Maresia

A palavra búzio
toca a música do mar.
A palavra barco,
quando o vento lhe dá nas velas,
é como uma nuvem a sobrevoar o céu.
A palavra mar
passa para lá dos sonhos
e da linha do horizonte.
Este poema acaba aqui,
mas ainda há muito para contar
e ainda mais para sonhar.

David Faria – 4º ano
3º lugar






Trabalhos de Português 
dos alunos da docente Sílvia Ferreira




Perguntas e respostas escondidas




As coisas vistas de outra maneira - 3º ano





Poesia e Primavera - 3º ano







Trabalhos de Filosofia - 11º ano





Dia da árvore e da poesia



Cortá-la não serve de nada
Destrói a paisagem e a vida
Para nós é essencial
Pois ela tem sido uma querida

Ao dar-me oxigénio
Consigo continuar neste mundo
Que a gente não as corte
Pois se não fico moribundo

Obrigado por tudo
Por favor continua neste universo
Faz com que viva mais tempo
Que eu de ti vou fazer mais versos

                                       João Braga 9ºA 
                                      (Poema elaborado para a disciplina de Geografia)


Mão-Cheia de Livros



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